28.12.08

Citando

Há dias, um dos nossos canais televisivos noticiava a perniciosa influência do "aquecimento global" no clima - e no turismo - da Lapónia. Deve ser por isso que não temos notado o célebre fenómeno: à semelhança do Pai Natal, outra celebridade de existência polémica, o maroto fica-se pelo Norte da Escandinávia. No resto da Terra, e para recorrer a um verbo que tento aplicar há décadas, tirita-se de frio.

Tirita-se, por exemplo, na Califórnia e em Las Vegas, coberta de neve. Ou no Canadá, onde se passou o primeiro natal inteiramente branco desde 1971. Ou na Índia, com temperaturas três ou quatro graus abaixo do normal. Ou em Marrocos. Ou, se acaso não repararam, por aqui, com o terceiro Novembro mais frio desde 1931 e um Dezembro que não andará longe do recorde. Ainda mais interessante, os seríssimos jornalistas da CNN já acompanham a expressão "aquecimento global" com risos e aquele gesto das mãos que significa "aspas". Qualquer dia, teremos os media em peso aflitos com o "arrefecimento global", cuja responsabilidade, de uma arrevesada e imaginativa forma, tocará igualmente ao homem.

Será, naturalmente, igual exagero. Não sou perito na matéria. Mas se percebo os poucos peritos que não perderam os últimos anos em sermões transtornados acerca do aumento da temperatura terrestre, das emissões de CO e do Apocalipse, o frio é normal. O calor é normal. As variações são normais. Os extremos "sem precedentes" são normais. Se alguma coisa parece definir o clima é a mudança constante, quase tão constante quanto os pânicos da espécie, no caso do "aquecimento global" varrido por um gelo danado e, sobretudo, por uma crise financeira que os profetas do costume demonstram ser irreversível e fatal. Pelo menos até à fatalidade seguinte.


"Al Gore, Herói da Lapónia", por Alberto Gonçalves, no Diário de Notícias.

26.12.08

Em escuta ali ao lado

Particularmente dedicado a quem, como eu, ainda não descobriu por que raio se festeja o fim de ano. Ou será passagem de ano? São estas dúvidas que dão cabo de mim.

22.12.08

18.12.08

"Dantes trabalhava para dirigentes poderosos mas com tendência para roubar"



O título deste post podia muito bem ser "Rewind 08: Prémio Engolir Sapos". Em Outubro o treinador Jaime Pacheco foi apresentado no Belenenses, entrando com um discurso onde sublinhou o passado do clube e o orgulho de estar ao seu serviço. O que não deixa de ser curioso se tivermos em conta que enquanto trabalhava no Boavista classificou o Belenenses como "um clube de bairro". Restou-me encolher os ombros numa lógica de "valores mais altos se levantam". Entenda-se o festejar vitórias. Coisa que até ao momento apenas fiz uma vez em onze jornadas. Também é uma verdade, e como o vídeo o demonstra, que o Belenenses nem sempre joga contra um adversário em igualdade de argumentos. Esta temporada, pelo menos por três vezes, o ponta de lança do outro lado tinha apito na boca.

16.12.08

Simplex (actualização)



Entrega do Cartão do Cidadão, loja dos Restauradores, terça-feira, 16/12/2008, 12h35.




Entrega do Cartão do Cidadão, loja dos Restauradores, segunda-feira, 15/12/2008, 12h20.





Entrega do Cartão do Cidadão, loja dos Restauradores, sexta-feira, 12/12/2008, 12h00.

14.12.08

Preocupo-me com estas coisas

Actualmente já ninguém fala na criminalidade mas o que é facto é que ainda se sente o medo nas ruas. Por exemplo, não sei se os estimados leitores já repararam, mas ao dirigirmo-nos a uma caixa de multibanco, antes mesmo de iniciar qualquer comunicação, já o boneco está de braços no ar. Numa postura de levem o que quiserem não ofereço resistência. É isto que nós queremos para os nossos multibancos? Este clima de terror? Não percebo por que não há mais gente a falar disto.

10.12.08

Rewind 08: Prémio Vamos Embora Que Isto é Tudo Uma Grande Aldrabice



Na recta final do ano ficou a saber-se que os sucessos que Tony Carreira cantou e assinou já haviam afinal sido interpretados, alguns anos antes, em outras paragens, por outros artistas, nomeadamente da América Latina. Nos comentários ao vídeo é possível observar que há quem diga que tudo não passa de "mera coincidência". De facto, se querem a minha opinião, julgo que as músicas nem são parecidas. Particularmente aquela que pode ser escutada no vídeo entre os 0:40 e os 2:05. Há ali uma semelhança mas é uma coisa muito ténue, quase nem dá para perceber.

7.12.08

Prossegue o espírito de Natal neste blogue

Desta vez com os cumprimentos de Ricky Gervais com um tema de Natal por si interpretado e dedicado aos que mais sofrem neste mundo. Ao que tudo indica a coisa teve apenas gravação em Podcast e caracteriza-se pela sensibilidade colocada na letra, particularmente quando é referido Don't cry, it's Christmas/ Santa's on his way/ Though he's got a billion children/ And he's only got one day/ You've got slightly less than that/ If I were you I'd pray. Em escuta na cabine do DJ.

3.12.08

De vez em quando Lisboa gosta de estar ocupada com estas coisas

Actualmente discute-se a utilização da bicicleta e a construção de ciclovias. Lisboa é assim. Como um grupo de amigos que se junta e um diz "vamos fazer isto" e os outros, entusiasmados, respondem todos "ya ya bora bora". Andam entretidos com aquilo um mês ou dois até que alguém diz que está farto e apontam agulhas para outro lado. Há uma década atrás, ou talvez um pouco mais, o "ya ya bora bora" de Lisboa foram as tabelas de basquetebol. Nasciam nos lugares mais improváveis e por lá se mantinham uns tempos. Entenda-se que "uns tempos" não tem necessariamente de indicar um período razoável. Por exemplo no meu bairro as tabelas não chegaram a durar um mês. Findo esse tempo por lá se manteve o esqueleto que a Câmara montou a coisa mas não parecia muito interessada na sua manutenção. Hoje, desse tempo, não resta uma para contar a história. Aliás, se alargarmos a conversa ao campo dos "playgrounds" a oferta de Lisboa limita-se a três espaços nem por isso exemplos de conservação. No Campo Mártires da Pátria existem duas tabelas, embora apenas uma em funcionamento. Em Monsanto são quatro, mal construídas como tudo mas que para o efeito até servem. Depois em Telheiras, se ainda não desapareceram, existiam lá outras duas. De resto o vazio. Como o "playground" nas traseiras do Fórum Lisboa que do nome só tem a vedação. Nem tabelas, nem balizas. Antes de decidir que o meu joelho ficava mais giro com um ligamento a menos passei diversas vezes pela árdua tarefa de encontrar local para a prática do basquetebol. Abandonando cedo a ideia do "outdoor" olhei para a oferta "indoor". Dos pavilhões municipais, já de si em número reduzido, poucos são os que estão à disposição do munícipe. Ora estão reservados pelas escolas, ora por clubes, ora chove lá dentro, como no caso da Ajuda, e misturar basquetebol com polo aquático nunca foi boa ideia. Enquanto isso já perdi a conta aos anos em que o Carlos Lopes está encerrado. Agora parece ter surgido uma dinâmica de "ya ya bora bora" com as ciclovias. É coisinha para entreter até às autárquicas. E não duvido que vá avante. E que muitos aplaudam, mesmo que depois apenas utlizem a coisa durante as primeiras duas semanas. Há quem olhe para Lisboa e diga que o que faz mesmo falta aqui é a circulação de bicicletas. Respeito. De qualquer forma se escutarem alguém a buzinar atrás de vocês não liguem que sou eu.

1.12.08

Este Natal deixe o George Michael sossegado


Com a chegada de Dezembro aqui o estabelecimento entra no espírito da época e por isso a cabine do DJ é invadida por temas natalícios. O arranque é dado ali ao lado com o primeiro tema vindo de South Park, em jeito karaoke para poderem cantar nos respectivos locais de trabalho, a cargo de Kyle Broflovski. A música é particularmente dedicada ao restaurante "Joshua´s", que apresenta o letreiro "cozinha israelita" seguido, em baixo, de uma árvore de Natal. Que é algo de uma criatividade assinalável. Quase tanto como a estátua do Sá Carneiro, ali no Areeiro, ter estado durante toda a semana rodeada de bandeiras do PCP. Entretanto durante este o mês os posts vão funcionar, sobretudo, numa dinâmica de balanço do ano, através de um Rewind 08. O que é capaz de ser uma coisa engraçada. Ou então uma palermice sem sentido. Mas não andará muito longe de uma destas hipóteses.

26.11.08

Sobre a suspensão da democracia

Sim senhor, parece-me divertido, vamos a isso. Mas julgo que fixar seis meses de tempo limite não é boa ideia. Se permitem a sugestão, por mim suspendia-se a coisa sem data definida até alguém gritar "arrebenta a bolha". Pensem nisso e depois digam qualquer coisa.

25.11.08

O Balcão Perdi a Carteira é uma invenção notável

Sugiro apenas um alargamento da iniciativa. Para o Balcão Perdi a Carteira e Gostava de Saber Quem é o Filho da Puta que a Encontrou e Não é Capaz de Avisar. Ou uma possível variante para Balcão Perdi a Carteira Mas é Também uma Hipótese que a Tenham Roubado e Nesse Caso Gostava de Partir o Foçinho ao Cabrão que o Fez.

23.11.08

Isto é tão óbvio que até faz impressão

(...) Como é que se explica a alguém, convencido da sua santidade eco-visionária, que a bicicleta não faz, nem nunca poderá fazer, parte de uma solução para os transportes públicos de Lisboa? Não se está a dizer que não pode haver ciclovias ou bicicletas, somente que os casos de Amsterdão ou Estocolmo (por exemplo), por serem locais morfologicamente adequadas à bicicleta, constituem apenas duas circunstâncias muito específicas em que esse meio de transporte pode fazer parte das contas de quem tem a responsabilidade de gerir os fluxos das pessoas, mas que Lisboa, por ser feita de ruas estreitas, ingremes, torcidas, por estar no meio de montes e vales, por cá a metorologia variar entre a chuva torrencial, o vento forte ou muito forte (embora sempre sem direcção previsivel), o frio de rachar ou o calor abrasador, nunca permitirá que a faixa de pessoas com possibilidades de incluir a bicicleta da sua estrutura diária de vida não passe de um grupo negligenciável em relação àqueles que nunca o poderão fazer. Esta merda não pode ser muito dificil de entender: sem ser eu, duvido que haja alguém na blogoesfera que consiga subir de bicicleta dos Restauradores ao Príncipe Real sem parar para respirar. Se um percurso tão central à vida da cidade de Lisboa como este só está ao alcance de um gajo com umas pernas espectaculares como as minhas, do que é que estamos a falar quando se pretende falar da hipótese "bicicleta" como meio de transporte significativo e ao qual, portanto, se deve dar vantagem de investimento? A bicicleta, em Lisboa, só pode ser um meio de recreio, como é óbvio, caralhos ma'fodam (eu daqui a pouco passo-me da cremalheira, estou já a avisar). Como instrumento de lazer, faz todo o sentido, por exemplo, duas ou três ciclovias, que atravessem a cidade (pelo afamado corredor verde - onde é que ele anda, por falar nisso?), mas hipotecar a já pouca largura da maior parte das nossas ruas a um capricho ecológico ridículo é um desrespeito para quem ainda tem uma cidade tão mal preparada para fazer circular com a prioridade e conforto necessarios a merda de um autocarro.

Em A Causa Foi Modificada.

21.11.08

Peço desculpa por insistir no tema, mas antes de ir para fim-de-semana há aqui uma coisa que gostava de partilhar


Lucky Soul - "My Brittle Heart"


As descobertas aqui da casa no que respeita a música não significam grande coisa do ponto de vista da inovação. Muitas das vezes dá-se o caso de eu ser o único desgraçado à face do planeta que ainda não tinha descoberto determinado grupo e acabo por andar maravilhado com uma banda que todos os outros já escutaram dois anos antes. Não é esse, contudo, o caso dos Lucky Soul, a banda que à conta da vocalista Ali Howard mudou a minha vida desde a semana passada - e é mesmo verdade tanto que eu até andava meio engripado e já estou melhor com a graça do Senhor - ao preencher um vazio deixado desde que a Ninna Persson mandou os Cardigans à fava e as The Pipettes decidiram mudar de vida. Ao sair para a rua com o intuito de aferir o que o mercado - leia-se a Fnac - tinha à minha disposição sobre a matéria senti por breves minutos na pele o que é isso do pseudo-intelectual-armado-ao-indie que conhece bandas que mais ninguém ouviu falar. Na Fnac questionei a funcionária que desconhecia ao que eu me referia. Ora isto configura, está bom de ver, motivo de entusiasmo e uma óptima terapia para questões de auto-estima no que à música concerne. Não raras vezes dou por mim no Incógnito a perguntar à pessoa do lado "mas o que raio é esta merda que está a tocar" obtendo como resposta, invariavelmente, um "são os The-não-sei-das-quantas não me digas que não conheces". Eu, contrariando o pedido expresso no "não me digas", acabo mesmo por dizer "não". Nesta altura segue-se a explicação "mas isto toca na Radar" que me obriga a confessar, em terreno perigoso para o fazer, "mas eu não escuto muito a Radar". Do outro lado revirar de olhos e eu sinto-me na obrigação de explicar que na verdade as minhas preferências vão no sentido da Baia FM que até tem um programa de madrugada ao estilo discos pedidos do qual sou fã. Ainda na semana passada, pelas três e meia da manhã, uma doméstica de Corroios pediu Antilook, que eram uma girls band da década de 90 da qual fazia parte a Rute Marques, e que tinham um tema muito interessante onde uma das meninas parecia cantar do fundo de um poço. Alguém explique de que outra forma era possível em 2008 eu ainda escutar estas coisas se não fosse o referido programa.
Mas regressando ao tema dos Lucky Soul, lá fui eu até ao computador com a dita funcionária que revelou, para surpresa das surpresas, que existia em Portugal um exemplar do álbum "The Great Unwanted". Chegou a Coimbra em 2007 na zona importação. A simpática senhora não pode garantir que ainda exista. O que leva à necessidade de virar-me para a net. Portugal precisava mesmo era de um choque tecnológico na música. Podia começar pelo IVA e acabava na disponibilização do que de melhor se vai fazendo pelo Mundo. Sobretudo quando em causa estão meninas com a voz da Ali Howard.



PS: Entretanto, nas buscas pela net, fiquei a saber que a banda estará no final deste mês na Galiza, mais concretamente na Corunha. À atenção de quem reside na zona. A menos que considere a coisa fraquita. Nesse caso não vale a pena sair de casa até porque as noites andam frescas.

20.11.08

Tem que ser fã, mas só com ele

Todos aqueles que nos últimos anos andaram a dar lições de patriotismo, discursando sobre que isso da selecção estava acima das simpatias por qualquer treinador, que era uma questão de identidade e rebéubéu pardais ao ninho, são hoje os mesmos que gritam cada golo do adversário com um "toma lá não gostavam do Scolari agora levam com este, é bem feita". É um conceito de patriotismo interessante. Estúpido, sobretudo.

19.11.08

O The Sock Gap feito Simpson





















Respondendo a desafio lançado pela Sam eis a minha versão "Simpsonize". Na verdade gostava mesmo de encaminhar esta corrente era para o Pacheco Pereira. Mas estou cá desconfiado que ele é capaz de não aderir. Assim sendo, e como eu levo isto muito a sério, prefiro manter a coisa viva ao lançar o desafio à Leta, à Luna (diz que ela adora correntes), à Rita e à Pimpinelle. Como podem ver decidi incluir apenas mulheres. Até porque só mesmo um gajo muita paneleiro é que responde a estas coisas. Ainda mais se perder vários minutos a tentar descobrir como se consegue colocar o cabelo castanho. Não tendo sido bem sucedido fica nesta cor meio indefinida. Mas sob protesto, entenda-se.

18.11.08

Em escuta ali ao lado

Por aqui já havia escrito que o vídeo para o primeiro single do mais recente trabalho de Moby poderia muito bem ter saído da cabeça de Quentin Tarantino. Já no que respeita ao segundo single, em escuta ali ao lado, a coisa inclina-se mais para a criatividade de um realizador de filmes pornográficos de baixo orçamento. Certo é que "Last Night" foi uma das boas surpresas de 2008, com um regresso a um Moby mais electrónico, havendo apenas a lamentar o facto de Portugal ter ficado de fora da tour. Depois de "Disco Lies" fica em escuta "Oh Yeah".

17.11.08

Não é minha intenção, uma vez mais, maçar a audiência com os meus problemas

Gostaria, contudo, de partilhar convosco o conceito muito próprio que o Metropolitano de Lisboa tem sobre o que é uma ida e volta. Tem ainda, acrescente-se, uma ideia muito particular sobre o que é isso de "toda a reclamação tem resposta". No passado dia 3 de Novembro entrei na estação Arroios com destino ao Colégio Militar/Luz tendo comprado para o efeito bilhete ida e volta. Mais tarde, enquanto esperava pela chegada da carruagem, escuto aviso que dá conta de circulação interrompida na linha azul entre Baixa-Chiado e Avenida. Sem outra opção, entro na carruagem, saio no Rossio, desloco-me a pé até à Avenida e daí volto a apanhar o Metro com destino ao Colégio Militar/Luz. Depois de tratada a vidinha regresso ao Metro com o bilhete ida e volta. É negado o acesso. "Título inválido" é a indicação da máquina. Solicito esclarecimentos, que é como quem diz fico cerca de 20 minutos numa fila até chegar à fala com a senhora que supostamente presta esclarecimentos, que me faz aguardar mais 10 minutos enquanto telefona para alguém dando conta da situação. Findo o telefonema, dirige-se com ar enfadonho comunicando que "obviamente que está inválido pois já esgotou a opção ida e volta ao sair no Rossio e entrar na Avenida". Tento sensibilizar a senhora para o conceito ida e volta e pergunto-lhe de que forma isso é considerado uma ida e volta, sobretudo quando aconteceu por problemas na ligação entre estações do Metropolitano. Estende impresso e diz "se quiser pode fazer reclamação por escrito mas agora tem de comprar novo bilhete". Numa última e vã tentativa questiono a funcionária se tem consciência de que para todos os efeitos acabou de considerar uma deslocação entre Arroios e Colégio Militar/Luz como uma ida e volta. "Seguinte" com voz estridente foi a resposta obtida. Como cidadão cumpridor que se sente lesado preenchi impresso de reclamação entregue posteriormente na estação Arroios. "Quanto tempo demora a resposta", questiono. "Não sei indicar mas toda a reclamação tem resposta", dizem. Entretanto estamos a 17 de Novembro. Ainda não tive resposta. Gostaria de saber onde me dirigir para remeter o Metropolitano de Lisboa para o caralho. Só ida.

12.11.08

Eu, que sou um desgraçado de um ignorante, ainda não tinha dado pela existência disto


Lucky Soul

Cara Nina Persson, obrigado pela companhia durante estes anos mas agora conheci a Ali Howard. Amigos como dantes.

10.11.08

A sério, ganhem juízo

Juro que acabei de escutar um anúncio na televisão que apresenta a Céline Dion como "a diva da pop".

8.11.08

Lisboa SOS

Em entrevista ontem à SIC o regressado Santana Lopes, em jeito de desafio, manifestou vontade em percorrer ao lado de António Costa as obras que cada um fez. "Tenho a impressão que as dele visitam-se num sábado de manhã", afirmou. E eu tenho cá a impressão que as do Santana despacham-se a um sábado à tarde. O que é bom pois assim ficam ambos com o domingo livre para pensarem em alguma coisa de jeito para fazerem pela cidade.

7.11.08

Triunfar nos States (este não é um post sobre Barack Obama)



Se a palavra Change, por razões políticas, é a mais escutada actualmente nos Estados Unidos, a verdade é que no que respeita ao basquetebol a mudança já dura há uns anos. E pelos vistos a tendência não é para abrandar. A Europa continua a conquistar a NBA, apresentando o senhor que se segue após os êxitos do alemão Dirk Nowitzki, o francês Tony Parker, o russo Andrei Kirilenko ou o espanhol Pau Gasol. A novidade para 2008/2009 surge uma vez mais aqui do vizinho, dá pelo nome de Marc Gasol (irmão do outro) e já conquistou o público de Memphis com as primeiras exibições. Foram seis partidas de luxo com o registo de números que o colocam no mesmo patamar de Shaquille O´Neal, um sucesso que já lhe deu direito a nickname. É o rosto mais recente da mudança que tem vindo a ser observada na NBA, competição que vai aproximando-se cada vez mais de um certo "modelo europeu" de jogo. Acrescente-se, de resto, que o reinado de Marc Gasol não promete ser longo. Talvez o tempo suficiente até à chegada de Ricky Rubio, o jovem espanhol de 18 anos que deliciou os fãs de basquetebol em Pequim. Olé!

31.10.08

Ao que parece Nosso Senhor achou que o look Kurt Cobain está um bocado gasto

Vai daí, optou por um preto com estilo na sua mais recente incursão pelos assuntos cá de baixo. Pelo menos é essa a opinião do Pastor Hezekiah David, que acredita que Obama resulta de intervenção divina. «Do ventre de uma mulher branca, de pai africano, nasce um homem que está prestes a ir para a Casa Branca dos Estados Unidos. Isto é obra de Deus», disse. Na verdade eu, que já levo uns aninhos disto - entenda-se vida - já devia ter aprendido que no que respeita a histerias colectivas um gajo ou fica calado ou alinha com a multidão. Dizer que fico um bocado indiferente ao Obama é coisinha para deixar qualquer um abismado. Sossego o parceiro de conversa e explico que não vejo McCain como solução. Estou quase a elaborar argumentos mas depois penso melhor e fico com pena de não tirar proveito da situação. Acabo a explicar que na verdade quem vejo como pessoa indicada é Sarah Palin. Espero um pouco para que o parceiro recupere do pânico súbito e logo de seguida, colocando a minha expressão mais séria, afirmo que não vejo em nenhum dos candidatos a capacidade de negociação de Sarah Palin numa hipotética situação de crise. Não tenho dúvidas que a existir necessidade de negociar com terroristas ela é senhora para sacar de um ou dois bons argumentos para cima de uma mesa.

24.10.08

Podem votar em quem quiserem desde que não seja no Casillas

O director da France Football, publicação que atribui a Bola de Ouro, afirmou que Iker Casillas nunca poderá ganhar o troféu. O que não deixa de ser curioso se tivermos em conta que o nome dele consta da lista de finalistas. Talvez seja um pormenor sem importância. O nome do Garcia Pereira também consta em tudo o que é boletim de voto e ninguém espera que ele ganhe. Mas entre isso e dizer que ele nunca poderá ganhar vai uma distância. Se isto não é condicionar o voto dos jurados então não sei o que seja. Confirma-se assim que a decisão vai mesmo ser entre o Lionel e Cristiano. O que assim de repente parece uma dupla de forró brasileira. Estilo Bruno e Marrone, que são uns sujeitos que cantam com voz de grande sofrimento e cujo trabalho conheço por cortesia da vizinha do lado que aos Domingos decide brindar o bairro com um dos êxitos em modo repeat. À custa de tanto escutar o refrão, e pelo prazer de partilhar convosco estas coisas, não foi difícil através de pesquisa no Google chegar lá. Chama-se "Dormi na Praça" e conta a história de um gajo muito apaixonado que anda pela cidade a pensar na amada e acaba a dormir num banco de jardim. O que introduz uma novidade em relação ao que até hoje era conhecido sobre o amor. Normalmente diz-se que a paixão é tanta que até tira o sono, um gajo dá voltas na cama e só pensa na amada. Este gosta tanto dela que até adormece em locais públicos. Tenho de analisar melhor isto. É isso e pensar em ligar para o SEF.

14.10.08

Quem frequenta a noite do Bairro Alto é sobretudo gente que só gosta de ir lá beber um café depois do jantar

Percebe-se, por isso, a iniciativa de obrigar os bares a fechar portas às 02h00. É uma decisão, diga-se, bastante amiga dos proprietários de bares. Com uma realidade económica animadora recebem com toda a certeza de sorriso nos lábios quem lhes diz "a partir de agora têm basicamente duas horas para facturar". Sempre quero saber o que pensa disto o artista dos cocktails - pelo menos ele acha que é e eu não sou ninguém para o contrariar - que normalmente recebe-me no seu estabelecimento com a frase "então maluco". Isto entenda-se foi um hábito que começou após toda uma conversa que durou meses a fio onde me limitava a dizer "é um gin tónico, por favor". E garanto-vos que não é qualquer um que consegue aferir o grau de loucura do interlocutor a partir da frase "é um gin tónico, por favor". De qualquer forma estou cá desconfiado que é capaz de não achar muita piada a fechar portas às 02h00. Ao que tudo indica, existe um motivo de força maior. Parece que os moradores andam incomodados com o barulho. Pelo menos a Câmara garante que sim e a imprensa acompanha. Por mim, só era tomada uma decisão quando o descontentamento fosse visível com faixas nas janelas. Sempre era uma maneira de Lisboa ficar mais parecida com Barcelona.

10.10.08

Citando

Governor: I believe that I might have come up with a compromise to this whole problem that will make everyone happy! People in the gay community want the same rights as married couples, but dissenters don't want the word "marriage" corrupted. So how about we let gay people get married, but call it something else? [everyone listens quietly]
Governor: You homosexuals will have all the exact same rights as married couples, but, instead of referring to you as "married", you can be... butt buddies. [long silence]
Governor: Instead of being "man and wife", you'll be... butt buddies. You won't be "betrothed", you'll be... [makes quote with his fingers]
Governor: ... butt buddies. Get it? Instead of a "bride and groom", you'd be... [makes quote with his fingers again]
Governor: ... butt buddies.
Mr. Slave: We wanna be treated equally!
Governor: You "are" equal. It's just that, instead of getting engaged, you would be... butt buddies. And everyone is happy!
Woman: [from the lesbian crowd] Well, what about lesbians?
Governor: Well, like anyone cares about fuckin' dykes!

in "South Park".

Foi um gesto simpático a SIC convidar o Moita Flores para o debate sobre os casamentos homossexuais

Podia dar-se o caso de o senhor ficar melindrado por estar a acontecer um debate sem ele estar presente. Temos portanto, além de situações de assaltos com reféns, gangs de favelas, raptos de crianças, raptos de crianças que vendo bem a coisa afinal também podem ser homicídios, análise da imprensa inglesa, adopção de crianças por pais biológicos ou afectivos, violência doméstica e situações afins também a especialização em casamentos homossexuais. Ainda bem que ele não colabora com a RTP. Ainda nos arriscávamos a vê-lo no Domingo Desportivo a comentar a contratação do Jaime Pacheco.

5.10.08

É preciso ser idiota para esperar até Outubro para ver isto

A casa nocturna
Boite falada
Lugar de má fama
Com as portas abertas
Durante a noite
Entra quem quiser
Porém nessa noite
Sem que eu esperasse
Entrou uma dama
Fiquei abismado
Porque se tratava
De minha mulher

Ela se cansou
De dormir sozinha
Esperando por mim
E nessa noite
Resolveu dar fim
Na sua longa e maldita espera
Ela não quis mais
Levar a vida de mulher honrada
Se na verdade
Não adiantou nada
Ser mulher direita
Conforme ela era
Ela decidiu abandonar o papel de esposa
Para viver entre as mariposas
Que fazem ponto naquele lugar
A minha vida
Muito mais errante
Agora continua
Transformei a esposa
Em mulher da rua
Na mais nova dama
Do Som de Cristal


Sobre "Aquele Querido Mês de Agosto" até parece mal falar nesta altura. Só mesmo um desgraçado de um ignorante como eu é que espera até Outubro para ver o filme. Devia estar alguém à entrada do Nimas a mandar pauladas a quem entra. Até podia ser o Paulo Moleiro, o homem que ainda não é obrigado a trabalhar aos fins de semana e por isso pode iniciar as suas maratonas de álcool no café do Couves às sextas-feiras e apenas dar a tarefa por terminada aos Domingos. Ainda que por vezes isso obrigue a só aparecer no trabalho às terças ou segundas após o almoço. "Mas nas calmas". Provavelmente o homem que melhor conhece o Rio Alva, ainda que o álcool "altere um pouco" as capacidades. Fica ainda do filme o primeiro contacto com o universo de Marante. Eu, um gajo razoavelmente conhecedor das músicas em questão, espectador habitual do Made in Portugal - o que é feito do Carlos Ribeiro? - que foi assim o primeiro programa ao estilo "Liga dos Últimos", ainda que aqui os convidados fossem a estúdio quando o sucesso o justificava e não pelas derrotas que atiram equipas para o fundo da tabela classificativa, não tinha aberto os olhos para a música "Som de Cristal". Não é difícil perceber pela letra que se trata de uma importação do Brasil. Que a coisa não saiu da criatividade do Marante. Mas foi uma feliz descoberta. Faz mesmo falta músicas que analisem melhor esse fenómeno das mulheres que cansadas de esperar pelos maridos decidem virar putas. Podia fazer as malas e ir embora. Mas não. A raiva é tanta ao marido - e aqui já sou eu a dar largas à capacidade de análise - que dizem para elas "ai não vens para casa então vou ali à boite aviar uns gajos". É uma filosofia interessante do ponto de vista financeiro. Provavelmente, equacionado esta realidade, a questão da alteração à Lei do Divórcio ganha novos argumentos.

3.10.08

Um gajo não pode confiar nos chineses



Em verdade vos digo isto é desconfiar de gente que trabalha todos os dias. Com aquela malta um gajo nunca sabe com o que pode contar. Na semana passada colocaram um astronauta a caminhar no espaço e o que é facto é que desde essa altura levantou-se uma ventania e lá se foi o bom tempo. E um gajo tenta perceber um pouco o que vem lá e acaba a ser surpreendido. Como no vídeo que motivou o post. O bom do Charles Barkley, jogador de basquetebol que teve uma carreira pautada pelo fair-play, ainda que alguns adversários tivessem o estranho hábito de deslocar a cara contra os seus cotovelos, é hoje respeitável comentador desportivo. Em programas cujo formato não era mal pensado importar para cá. Sempre é mais interessante ouvir dois tipos a insultarem-se do que escutar durante meia-hora um sujeito a descrever o sistema de jogo do Belenenses recorrendo a formas geométricas. E um tipo está em casa a ouvir aquilo e vai gritando para a televisão "mas o gajo não joga um caralho, podes lá meter o losango, mais o quadrado mais o que quiseres que ele continua a não jogar a ponta de um corno" mas aquilo não tem efeito nenhum a não ser o zapping. Mas voltando aqui ao Barkley, a discussão do vídeo parece simples e como ponto de partida o argumento parece razoável. Ora temos aqui um chinês com 2,29m, e como se isso não fosse estranho o suficiente o desgraçado é ainda filho de uma mãe que mede 1,88m, e que para além de tudo o resto sabe jogar basquetebol. O problema reside mais em termos um chinês que sabe jogar basquetebol do que propriamente um chinês com 2,29m filho de uma senhora com 1,88m. E o Barkley, como qualquer pessoa de bem, olha para esta situação, completada com o facto de o jogador alinhar pelos Houston Rockets, ocupando um sector do campo que já foi dominado por Hakeem Olajuwon (vénias) e a coisa mais interessante que ocorre dizer é: "se o Yao Ming marcar 19 pontos num jogo esta época eu beijo o rabo a este gajo que está aqui ao lado". Acontece que o Ming marcou mesmo mais de 19 pontos. E diga-se que o fez por diversas vezes. Isto desde 2003. E dei por mim a dizer: é fenómeno irrepetível. Mas depois surge o Yi Jianlian, chinês de 2,13m que chegou na última época à NBA alinhando actualmente nos New Jersey Nets e que também faz uma coisas interessantes com a bola. Um gajo nunca sabe o que vem lá, é como vos digo.

1.10.08

É assim tipo Lux


















(Imagem de alguém que tem certamente muito jeito para a fotografia mas que o Google Images não permite identificar. Se o autor por acaso passar por aqui que se acuse faça favor) .

Em artigo no "Público" da passada segunda-feira, a propósito dos dez anos do Lux, o jornalista Vitor Belanciano refere a páginas tantas que "na província, quando os locais querem explicar aos forasteiros como é o espaço nocturno de maior prestígio na povoação, caracterizam-no como sendo uma espécie de Lux". Tendo algumas reservas sobre o que considerará Vitor Belanciano ser a "província", o exemplo é feliz no sentido de perceber a importância do Lux como referência na noite em Portugal. E faz lembrar um amigo que há uns anos procurava explicar-me como era a Ovibeja dizendo que era "assim tipo Expo". Espero que entretanto o inchaço no olho já tenha passado que a intenção não era acertar com tanta força. Do Lux, entre várias noites e princípios de manhã, guardo sobretudo na memória as descobertas que tem vindo a permitir. O vídeo em escuta ali ao lado é um exemplo. Os Cindy Kat, cujo concerto de lançamento foi visto quase por acaso, têm lugar de honra entre as melhores perfomances a que assisti no local. Potenciado pelo facto de, tendo em conta o percurso da banda, a coisa ameaçar seriamente ganhar contornos de única e irrepetível, dada a ausência de novos espectáculos em torno do álbum que tem o curioso título de "Vol.1". Contudo, quando toca a indicar as virtudes do Lux, dou por mim a optar por algo rápido e simples: tornou mais fácil explicar o caminho até casa. O mesmo que há mais de dez anos era feito com a companhia de terrenos abandonados onde as ervas cresciam à altura do joelho, completado com fraca iluminação e barracas, e que eu fazia para ir jogar basquetebol no pavilhão da Escola Patrício Prazeres. A que hoje é descrita como "aquela que fica ao pé do Lux". Na altura "aquela com vista para a linha do comboio e onde se não tiveres cuidado roubam-te a carteira". Não foi à custa do Lux a requalificação do local. Mas terá sido com um forte contributo do Lux que a zona deixou de ser "assim tipo Xabregas".

24.9.08

High Five

Parabéns ao Sem Pénis Nem Inveja pelo 5º aniversário.

Inspirado nos conselhos de Bruno Aleixo *

Não vale a pena comprar o "Público". É oferecido a quem fizer compras no Continente. Vais lá e compras uma garrafa de água das pequenas. Fica-te a 15 cêntimos.

* Sobre Bruno Aleixo.

21.9.08

Soulwax is playing at my backyard

Em escuta ali ao lado os Soulwax, que é como quem diz 2 Many DJ´s, que é como quem diz Stephen e David Dewaele, a improvisarem sobre o tema dos Human League "Don´t You Want Me" no que aparenta ser o quintal lá de casa.

O PS apresentou como novo slogan "A Força da Mudança"

O que acaba por ser uma vitória contra aqueles que previam que ao copiar o marketing de Obama o partido traduzisse "Change" como trocos. Aguarda-se que no próximo comício Sócrates afirme que tem um sonho.

17.9.08

Um gajo anda por aí às voltas e acaba a tropeçar em blogues geniais

Como é o caso do Nacional Maior. "Anos 90 do futebol português" ou o tempo em que o Miguel Barroso comentava futebol em alternância com o Gabriel Alves. E infelizmente também com um sujeito chamado José Nicolau de Melo que tinha sérios problemas em pronunciar nomes como Zahovic e Drulovic. Ainda não encontrei no Nacional Maior nada com o "carimbo" do Francisco Figueiredo, o último grande repórter de pista das transmissões televisivas em Portugal. Recordo um jogo disputado na Amadora, debaixo de forte chuva, onde decide entrar na emissão para dizer "chove agora com mais intensidade e eu que trouxe sapatinhos de Verão". Já não se fazem jornalistas assim. O Nacional Maior permite ainda recordar a melhor equipa que já vi em Belém, na distante época de 1992/93, na qual alinhavam o genial Emerson, aquele que ficou conhecido como um-filho-da-puta-de-um-traidor Mauro Airez e um dos melhores centrais que vi no Restelo, de seu nome Guto, um jogador que era descrito como "eficaz na marcação" o que é mais ou menos o mesmo que dizer mestre na arte de mandar arrochada no adversário. Há por lá um resumo de um jogo com o Benfica onde dá para ficar com uma ideia bem clara do que acabei de escrever. Esse jogo acaba aliás por ser um documento histórico, pelo menos para aqueles que não percebem a razão de toda uma geração de adeptos do Belenenses, na qual me incluo, considerar o Benfica o maior rival. É que há merdas que não se esquecem. Ainda por lá destaque para um célebre Boavista-Guimarães, onde debaixo de temporal esteve em evidência o central Tanta na nobre arte do carrinho, que devia ser de visionamento obrigatório em aulas de Educação Física. A ver se os putos jogam à bola como homens.

16.9.08

Made in Portugal

iPhoda.se

O Momento da Verdade

Não tenho nada contra a Teresa Guilherme. Mas ainda assim prefiro o Mr. Miyagi. Agora que penso nisso, interessante mesmo era aproveitar o título para fazer uma simbiose. Assim o "Daniel-San" não só deitava os adversários ao tapete como ainda os fazia confessar que puseram os cornos à mulher.

13.9.08

Se no meu tempo existissem prémios de mérito o Horácio não tinha fechado

O Horácio, salão de jogos entretanto transformado em loja chinesa, funcionou na década de 90, no eixo Graça-Alfama, como o equivalente às aulas de substituição de hoje, embora em boa verdade não tivessem necessariamente de faltar os professores. E funcionava ainda como uma espécie de complemento às aulas de Educação Física, na vertente de Iniciação ao Matraquilho. Durante uma temporada equacionou-se o alargamento à Iniciação ao Snooker, mas uma ou outra experiência mal sucedida, que terminou com uma ou outra bola no passeio em frente, acabou por deitar por terra as aspirações. O Horácio permitia ainda outra actividade, bastante popular, que consistia na observação de B.B., jovem rapariga que ganhou essa designação à custa de umas maravilhas que sabia fazer com a boca e que tinha o interessante hábito de jogar nas máquinas com aquilo que em linguagem desportiva se designa como "pernas afastadas à largura dos ombros". Contudo, e mesmo falando em 50 escudos a chapa, a utilização do Horácio como espaço de ocupação de tempos livres exigia capacidade financeira. E obrigava a interessantes exercícios de criatividade para conseguir cumprir com o calendário de jogos. Actualmente a tarefa estaria muito mais facilitada. E se olhar para o futuro e ver o R. a contar aos filhos que um dia foi tão bom aluno que recebeu um diploma das mãos do Mário Lino não parece ser muito entusiasmante, já dizer que se passou uma bela temporada a jogar matrecos e quem pagou foi o Governo é mais tentador. É que a prática desportiva, seja ela qual for, fica sempre mais facilitada com a existência de "patrocínios".

11.9.08

11.09.01



Por Sean Penn.

Citando



(...)Posso facilmente imaginar o que acontece quando Sarah se livra do penteado à anos 60 e dos óculos, quando solta o cabelo e obedece à lei divina que ordena “ide e multiplicai-vos”. Simpatizo com Sarah Palin e com esse cruzamento de Donas de Casa Desesperadas, O Amor no Alasca e personagem marota de certos filmes pornográficos que nela parece haver.

No Teatro Anatómico.

"O futebol é isto mesmo"

Compreendo o discurso que Maniche adoptou após a derrota com a Dinamarca. É na verdade o mais indicado quando não se sabe explicar o que aconteceu. Acredito mesmo que se no engate existisse um flash-interview dava por mim a repetir diversas vezes que "o engate é isto mesmo agora é levantar a cabeça e pensar no próximo encontro". Uma ou outra vez talvez justificasse com "condições adversas" ou "pressões inaceitáveis".

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